
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos investimentos de renda fixa mais conhecidos no mercado brasileiro. Amplamente oferecido por bancos e corretoras, o CDB tem ganhado destaque entre os investidores que desejam migrar da poupança para uma alternativa mais rentável e segura.
Neste guia, você vai descobrir como funciona esse tipo de aplicação, entender suas diferentes formas de rentabilidade, os prazos disponíveis, valores mínimos exigidos e as opções de liquidez. Ao final da leitura, estará mais preparado para tomar uma decisão alinhada ao seu perfil de investidor.
O que é um CDB?
O CDB é um título emitido pelos bancos para captar recursos junto aos investidores. Ao aplicar em um CDB, você está, na prática, emprestando dinheiro para a instituição financeira, que usará esses recursos para realizar suas operações de crédito, como concessão de empréstimos. Em troca, o banco oferece uma remuneração ao investidor.
Assim como no Tesouro Direto, onde o investidor empresta dinheiro ao governo, ou nas debêntures, voltadas ao financiamento de empresas, o CDB é uma forma de financiamento direto ao sistema bancário.
Como funciona um CDB?
O funcionamento do CDB é semelhante a outras aplicações de renda fixa. O investidor aplica um valor e, após um determinado prazo, recebe esse montante acrescido de juros. A remuneração pode ser estruturada de três maneiras:
CDB Prefixado
Neste modelo, a taxa de juros é definida no momento da aplicação. Isso permite ao investidor saber exatamente quanto vai receber ao final do período, antes do desconto do Imposto de Renda. Por exemplo, um CDB com taxa de 5% ao ano garantirá esse retorno fixo até o vencimento.
CDB Pós-Fixado
Já o CDB pós-fixado tem sua rentabilidade atrelada a um indicador de mercado, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Nessa modalidade, o investidor sabe qual será o índice de referência, mas não tem como prever com exatidão o rendimento final, pois ele dependerá do comportamento do CDI ao longo do tempo.
Por exemplo, um CDB que remunera 100% do CDI oferecerá exatamente o que esse índice render ao longo do ano. Existem também versões com porcentagens superiores ou inferiores ao CDI, como 80% ou 120%.
Outra variação comum é o modelo “CDI mais spread”, em que o retorno é calculado como o CDI acrescido de um percentual fixo, como 2% ao ano. Vale lembrar que, nesse caso, oscilações no CDI influenciam diretamente o rendimento final.
CDB Híbrido
Os CDBs híbridos combinam características das modalidades prefixada e pós-fixada. Normalmente, oferecem uma taxa fixa mais uma correção baseada na inflação, como IPCA ou IGP-M. São indicados para quem busca preservar o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo.
Modelos Alternativos: CDB Progressivo
Algumas instituições disponibilizam versões diferenciadas, como o CDB progressivo. Nessa modalidade, a remuneração aumenta conforme o tempo de permanência do dinheiro na aplicação. Um exemplo seria um CDB que paga 90% do CDI no primeiro ano, 100% no segundo e 110% no terceiro, incentivando investimentos de longo prazo.
Qual tipo de CDB escolher?
A escolha depende do perfil do investidor e dos objetivos financeiros. Quem busca proteção contra a inflação pode optar por CDBs híbridos. Já os investidores que valorizam segurança e liquidez costumam preferir os CDBs pós-fixados.
De maneira geral, os CDBs são uma excelente porta de entrada para o universo da renda fixa, combinando praticidade, segurança (contam com a proteção do FGC até R$ 250 mil por CPF e por instituição) e diversas opções para diferentes estratégias.